13/10/2008

a aliança rebelde (ou a senhora dos anéis) (*)


(*) a citação nerd foi inevitável :)

Antes de mais nada: a demora nos últimos posts é responsabilidade do início de semestre na UnB para a Lindinha e da quantidade de orientandos que estou administrando este semestre. Ou seja: apesar da falta de grana, excesso de trabalho, escassez total de tempo e alguns probleminhas administrativos (sobre os quais a Lindinha deve fazer um post assim que conseguir), continuamos em frente com os planos do casório. Para a alegria, aliás, da efuziva torcida que tem mantido o cheer-leadering nos scrapbook do Orkut (valeu Kimi e Cris!).

Eu e Lindinha andamos olhando alianças por aí ("por aí" entenda-se internet) desde o início do processo. Na verdade foi uma ds primerias coisas sobre as quais falamos (logo após a lista de convidados). Estivemos avaliando opções, como lojas em Sampa que vendem online ou falar com o ourives amigo do casal com quem conversamos durante a degustação na Mansão Mizuno. Aí calhou de (há cerca de mês e meio) estarmos almoçando no Parkshopping numa tarde de sábado e resolvermos dar uma olhada em algumas lojas para ver modelos e assuntar preços.

Nós sempre comentamos entre nós ou com amigos o eternno problema de atendimento aqui em Brasília, e como algujns estabelecimentos não enxergam o impacto que um bom (ou mais ainda , um mau) atendimento tem na relação com clientes potenciais. Nesse dia especificamente passamos por três lugares com trêsníveis distintos de atendimento: excelente, mediano e péssimo.

Nossa primeira parada foi a H. Stern. Lojas como a H. Stern costumam assustar certos clientes não costumazes (especialmente aqueles que como eu andam de jeans e sandália & low budget), mas surpreendentemente o clima refinado do local trazia mais aconchego que desconforto. Uma funcionária nos recepcionou com simpatia surpreendentemente genuína e honesta, explicando que estavam com poucos funcionários por causa da hora de almoço e pedindo nossa compreensão para aguardar um pouco até que alguém pudesse nos atender. Minutos depois chegava uma simpática senhora com ares de gerente (Ana Mariah era seu nome) que sorridente nos ofereceu um capuccino e nos convidou a sentar para ver alguns modelos.

E durante cerca de 45 minutos ela nos mostrou alianças, falou sobre o design diferenciado, contou um pouco da história da H. Stern e - sem abalar o tom simpático por um segundo sequer, mesmo após saber que só estávamos olhando naquele dia - nos deu todas as informações necessárias para que tomássemos a decisão de compra (a aliança pela qual nos apaixonamos, by the way, é essa no início do post).

Em seguida fomos a outra loja que de tão mediana me escapa até o nome. Atendentes educados, designs comunzinhos, ok mas "só ok" mesmo. Só me lembro que o preço era uns 40% menos que o da H. Stern - e nem isso me animou a comprar lá.

Para finalizar, passamos pela Vivara. Paramos em frente à vitrine e demorou perto de um minuto para que alguém se dignasse a aparecer para nos atender. "Boa tarde (sorriso Scotch Mount 3M). Estão procurando o que?" "Alianças." "Ah, o que temos são essas aí.".

Ah. o que temos são essas aí.

Ficamos olhando para as alianças (que na verdade fugiam mesmo do que queríamos, porque eram super tradicionais) e somente quando esboçamos uma saída á francesa a atendente pareceu tentar demonstrar algum interesse, e soltou um "Se vocês quiserem, podemos sentar à mesa para vocês verem melhor" - e o tom era de uma má vontade tão óbvia que quase dava para escutar nas entrelinhas: "olha, se vocês quiserem muito eu páro de fazer whatever-seja-lá-o-que-estou-fazendo, mas vocês têm que garantir que vão levar algo para eu não perder meu tempo".

E depois as pessoas não sabem por que muitas vezes preferimos gastar o dobro numa loja que atende bem.

E a busca continua. Mesmo orque ainda precisamos levantar muita grana. Mas garanto que se eu tivesse dinheiro em mãos, quem teria levado uma bela comissão de vendas teria sido a simpática Ana Mariah.

Off-topic: na semana retrasada fomos a várias concessionárias para a Lindinha pesquisar preços de carro. Em uma delas, um vendedor fez uma proposta acima dos orçamentos que tínhamos recebido pelo mesmo modelo, garantindo que era o melhor preço de mercado. Quando confrontado com a informação de que um concorrente tinha oferecido por telefone (ou seja, sem negociação téte-a-téte) um preço bem melhor, ouvimos a seguinte pérola:

"Ah, mas é porque esse vendedor deve estar querendo MUITO fazer essa venda".

Ah, ok. Legal saber que ele, vendedor que ganha comissão, não estava querendo vender tanto assim quanto o da outra concessionária...